31 março, 2010

Alice No País das Maravilhas

O burburinho que o filme Alice do Tim Burton tem causado anda me deixando mais maluca do que o Chapeeiro Maluco, logo que que sou fãZissima do trio Burton, Deep e Helena B.Carter. Desde que o filme foi anunciado, tenho esperado ansiosamente por sua estréia nas telonas tupiniquins. Não vejo a hora de tomar meu assento, alguma pioca e coca cola (guaraná anda muito doce), para embarcar nessa viagem.

Quem não conhece a história de Alice no país das Maravilhas? Além de uma série de características que lhe são peculiares, o melhor é o clima nonsense presente na narrativa.

Mas sabe o que é a graça do livro aos meus olhos? A imaginação pura e simples a passear em um mundo de pernas pro ar. Em mundo predominantemente cinza, vale a pena conhecer as maravilhas do mundo pelos olhos de Alice.

No início é apenas Alice em uma tarde preguiçosa a beira do rio, e num piscar de olhos, ela já segue um coelho e cai num buraco. E vai caindo, caindo, caindo, caindo até para num lugar estranho com muitas criaturas esquisitas. Há uma porta fechada por onde ela não consegue passar, em seguida ela muda de tamanho várias vezes, toma o chá mais louco da paróquia e joga críquete com a rainha, mas se Alice ganhar, que claro fique: “Cortem-lhe a cabeça!” A pergunta que fica é ” e aí? Alice volta ou não volta ao mundo real”?

Aqui o que importa é o interlúdio. O lapso de tempo em que Alice vive a sua aventura. Já se imaginou em estado de movimento constante onde é possível adentrar dimensões sem medidas e conhecer lugares sempre novos? Assumir corporeidades várias num só dia? Ufa! “Ter muitos tamanhos no mesmo dia é muito confuso!”

Os diálogos que Alice tem com seus próprios pensamentos são um show a parte. Eu fico fascinada com a forma como Carroll trata as palavras de modo que se tornam visuais por si mesmas. Ele usa e abusa de metáforas inusitadas com tanta maestria que há os que pensam com seus botões “esse cara se drogava ou algo assim”?

Não. Apenas uma imaginação linda demais para se encaixar no universo de controle em que vivemos. E o livro trata justamente de um manifesto contra o controle e o condicionamento a que nos impomos. Se precisamos de regras para viver, porque não pensamos o porquê delas existirem? Porque é certo o que se diz ser o certo?

Porque não questionar o pronto?

O livro fala de crescimento também. Em busca da sua identidade, Alice está simplesmente sendo. Sem supostos e pressupostos, encanta-se com que vê. Não é lindo viver curiosando?

O livro tem muitas fendas e portas fechadas sendo preciso abri-las com a chave da imaginação. Eu pergunto: Você está disposto a tentar abri-las? Entre na toca do coelho e vá para muito além da imaginação de Alice…

Agora é esperar pelo filme, roendo os dedos.

Ah, quando soube do projeto logo pensei que meu ídolo Depp seria perfeito no papel do Gato, o Gato Sparrow, digo Cheshire. Bem, ele acabou encarnando seu lado Edward Mãos de Tesoura no papel de Chapeleiro Louco e apesar dos comentários infames sobre a sexualidade duvidosas desse Chapeleiro Louco meio Drag Queen, eu até que curti e continuo curtindo as loucuras visuais de Burton.

Por enquanto é só, quem não leu o livro (nada de versões), trate de começar. Quanto ao filme, é só aguardar mais alguns dias.

- Saiba um Pouco Sobre Este Clássico:
Texto retirado da Wikipedia


Alice's Adventures in Wonderland (freqüentemente abreviado para "Alice in Wonderland"), é a obra mais conhecida de Lewis Carroll e uma das mais célebres do gênero literário nonsense, sendo considerada obra clássica da literatura inglesa. O livro conta a história de uma menina chamada Alice que cai em uma toca de coelho e vai parar num lugar fantástico povoado por criaturas peculiares e antropomórficas.


O livro faz brincadeiras e enigmas lógicos, o que contribuiu para sua popularidade. Carroll também faz alusões a poemas da era vitoriana e a alguns de seus conhecidos, o que torna a obra mais difícil de ser compreendida por leitores contemporâneos. É uma das obras escritas da literatura inglesa que tiveram mais adaptações na história do cinema, TV e teatro.


A história de Alice se originou em 1862, quando Charles Lutwidge Dodson fazia um passeio de barco no rio Tâmisa com sua amiga Alice Pleasance Liddell (com 10 anos na época) e suas duas irmãs. Lá ele começou a contar uma história que deu origem à atual. A Alice do mundo real pediu-lhe que ele lhe escrevesse o conto.

Dodgson atendeu ao pedido e em 1864 ele a presenteou com um manuscrito chamado Alice's Adventures Underground, ou As Aventuras de Alice Embaixo da Terra. Mais tarde ele decidiu publicar o livro e mudou a versão original, aumentando de 18 mil palavras para 35 mil, notavelmente acrescentando as cenas do Gato de Cheshire e do Chapeleiro Louco (ou Chapeleiro Maluco).

A tiragem inicial de dois mil exemplares de 1865 foi removida das prateleiras, devido a reclamações do ilustrador John Tenniel sobre a qualidade da impressão. A segunda tiragem esgotou-se nas vendas rapidamente, e a obra se tornou um grande sucesso, tendo sido lida por Oscar Wilde e pela rainha Vitória e tendo sido traduzida para mais de 50 línguas.

(...)


"Alice no País das Maravilhas", juntamente com sua continuação, "Alice através do Espelho", são obras que influenciam diversos autores, e muito apresentado nas novelas gráficas, como "A Liga Extraordinária", de Alan Moore e "Sandman", do Neil Gaiman.
___


- Personagens

Alice: é a protagonista principal da história
The White Rabbit (Coelho Branco): é quem inicia a aventura, quando Alice o segue até a toca. Ele carrega um relógio e parece estar sempre atrasado...

The Mouse (Rato)
The Dodo (Dodo)
The Lory (Arara)
The Eaglet (Aguieta)
The Duck (Pato)
Bill, the Lizard (Lagarto)
The Caterpillar (Lagarta)
The Duchess (Duquesa)
The Cheshire Cat (Gato Cheshire ou Gato Risonho)
The Mad Hatter (Chapeleiro Maluco) e The March Hare (Lebre de Março): totalmente loucos, sempre estão tomando chá, porque, segundo eles, o Chapeleiro brigou com o tempo e sempre são 6 horas da tarde para eles.
The Dormouse (Dormidongo): está sempre dormindo, e ocasionalmente acorda durante alguns segundos.
The Queen of Hearts (Rainha de Copas) e The King of Hearts (Rei de Copas): A raivosa e autoritária Rainha vive mandando que seus criados (cartas de baralho) cortem a cabeça de todos os seus convidados, mas o Grifo disse que isso é apenas fantasia dela.
The Knave of Hearts (Valete de Copas)
The Mock Turtle (Tartaruga Falsa)
___

- Alusões e Referências

O livro pode ser interpretado de várias maneiras. Uma das interpretações diz que a história representa a adolescência, com uma entrada súbita e inesperada (a queda na toca do coelho, iniciando a aventura), além das diversas mudanças de tamanho e a confusão que isso causa em Alice, ao ponto de ela dizer que não sabe mais quem é após tantas transformações (o que se identifica com a psicologia adolescente). Também é possível dizer que a obra faz referências a questões de lógica e à matemática, matéria que Carroll lecionava. Um exemplo é o debate que Alice faz com o Chapeleiro e a Lebre de Março sobre relações inversas (o Chapeleiro argumenta que ver o que se come não é o mesmo que comer o que se vê). Carroll também faz referências à língua francesa, como no capítulo 2, onde Alice se comunica com um camundongo em francês, perguntando "Où est ma chatte?" ("onde está a minha gata"), o que o deixa assustado. Além disso, no capítulo 4, um criado do Coelho Branco diz que estava cavando maçãs, uma provável referência à expressão que significa "batata" em francês, "pomme de terre"; a tradução literal dessa expressão é "maçã da terra".



Fonte: Wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Alice_no_Pa%C3%ADs_das_Maravilhas)

Obs.: Adorei esse texto encontrado na Wikipedia e não poderia deixar de publicá-lo.
________

- Outras Capas:



________


- Novas Ilustrações:


Para quem não sabe, os personagens de diversos contos infantis estão ganhando novas caras nas mãos de alguns ilustradores. E nesse caso, de infantil não tem nada! Nem Alice escapou...








Alice no País das Maravilhas - Lewis Carroll (os livros, a obra e curiosidades)

Alice no País das Maravilhas

Autor: Lewis Carroll


Editora: Cosac Naify
Ilustração: Luiz Zerbini
Tradução: Nicolau Sevcenko
Quarta Capa: Ana Maria Machado
ISBN: 9788575038499
ISBN: 8575038494 8575038494

1ª. Edição / 2009
168 Páginas




- Sinopse:

Alice no País das Maravilhas, um dos grandes clássicos de todos os tempos ganha edição radical, em versão integral, traduzida pelo historiador e professor da Universidade de Harvard Nicolau Sevcenko (1952-). As ilustrações de Luiz Zerbini (1959-) são um espetáculo à parte. O artista plástico paulista criou cenários feitos de cartas de baralho das quais saltam os personagens, por meio de recortes. As maquetes foram fotografadas com iluminação teatral. No estilo nonsense que o tornou único, o livro conta a história das aventuras de Alice ao cair numa toca de coelho, que a leva a um lugar povoado por criaturas fantásticas e enigmas. A edição é complementada por indicações de ensaios sobre Alice, biografia do autor e uma relação de artistas que já se aventuraram pelo País das Maravilhas, além de uma pequena filmografia baseada na obra original.


Alice No País Das Maravilhas - Edição Especial

Autor: Lewis Carroll


Editora: Cosac Naify
Ilustração: Luiz Zerbini
Tradução: Nicolau Sevcenko
Quarta Capa: Ana Maria Machado

ISBN: 9788575038772
ISBN: 857503877x 857503877x

1ª. Edição / 2009
168 Páginas



- Sinopse:

Edição rara e Especial, capa diferenciada, papel especial (GardaPat Kiara) e caixa que simula a de baralho.

A Cosac Naify preparou uma edição especial e limitada de Alice no País das Maravilhas, de 3 mil exemplares, para colecionadores e apreciadores de livros-arte. A tiragem é impressa em quatro cores no delicado papel Gardapat e apresenta cantos arredondados, capa ousada, sem qualquer texto. O conjunto vem dentro de uma caixa estilizada que simula a embalagem de baralho. Um dos grandes clássicos de todos os tempos, o livro ganha edição radical, em versão integral, traduzida pelo historiador e professor da Universidade de Harvard Nicolau Sevcenko (1952-). As ilustrações de Luiz Zerbini (1959-) são um espetáculo à parte. O artista plástico paulista criou cenários feitos de cartas de baralho das quais saltam os personagens, por meio de recortes. As maquetes foram fotografadas com iluminação teatral. No estilo nonsense que o tornou único, o livro conta a história das aventuras de Alice ao cair numa toca de coelho, que a leva a um lugar povoado por criaturas fantásticas e enigmas. A edição, em papel couché e cantos arredondados, é complementada por indicações de ensaios sobre Alice, biografia do autor e uma relação de artistas que já se aventuraram pelo País das Maravilhas, além de uma pequena filmografia baseada na obra original.



"Comece pelo começo, siga até chegar ao fim e então, pare".
– Lewis Carroll em Alice no País das Maravilhas.

Nenhum comentário:

A bailarina